Por que o endividamento está tão alto?
Confira a seguir mais informações sobre o aumento do endividamento e suas consequências econômicas.
O endividamento dos brasileiros atinge a maior parte da população, e a inadimplência está em níveis elevados. Segundo dados divulgados pelo Serasa em Abril de 2023, cerca de 71 milhões de brasileiros estavam em estado de inadimplência.
O percentual de famílias com dívidas a vencer aumentou 0,2 ponto porcentual em junho, chegando a 78,5% das famílias no país. Desse total, 18,5% se considevam muito endividados, maior volume da série histórica, iniciada em janeiro de 2010, informou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Alto endividamento no Brasil
O endividamento alto é registrado em um contexto de baixa tração econômica, inflação alta e renda baixa. Para as famílias, a situação pode significar ter de abrir mão de parte do consumo para pagar as dívidas.
O endividamento pode ser causado por diversos fatores, como a falta de planejamento financeiro, a necessidade de comprar bens de consumo caros, a perda de emprego ou a queda da renda. Quando as pessoas não conseguem pagar suas dívidas, podem entrar em situação de inadimplência, o que pode ter consequências negativas para sua vida financeira, como a perda do emprego e restrição de crédito. Confira alguns motivos a seguir:
Taxas de juros elevadas
Historicamente, o Brasil tem enfrentado taxas de juros altas, o que torna o custo do crédito mais oneroso para empresas e indivíduos. Isso pode levar ao endividamento, uma vez que o pagamento de juros mais altos dificulta a capacidade de pagar dívidas e reduz a disponibilidade de recursos para investimentos.
Crédito fácil e acesso ao consumo
Nos últimos anos, houve um aumento no acesso ao crédito no Brasil, o que estimulou o consumo. A facilidade em obter empréstimos e o incentivo ao consumo levaram pessoas a se endividarem para adquirir bens de consumo, como veículos, imóveis e eletrodomésticos.
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O que significa inadimplência?
Inadimplência significa não pagar contas dentro do prazo estabelecido.
Quando isso acontece, multas e juros são acrescidos ao valor original da dívida, o que torna o total a ser pago ainda maior, e dificulta o pagamento.
Endividamento e inadimplência não são a mesma coisa. A inadimplência acontece quando a pessoa não respeita o prazo determinado para pagar uma dívida. Se alguém não quita a fatura do cartão a tempo, por exemplo, torna-se inadimplente. O mesmo vale para quem deixa de pagar as contas ou boletos no prazo.
Apenas no mês de maio de 2023, 463 mil pessoas tiveram o nome negativado e passaram a constar na lista de inadimplentes. Em relação a abril, a alta foi de 0,65%.
Quais medidas para evitar o endividamento?
Existem algumas medidas que as pessoas podem tomar para evitar o endividamento, como:
- Planejar suas finanças e criar um orçamento;
- Evitar comprar bens de consumo caros que não são essenciais;
- Ter um fundo de emergência para imprevistos;
- Fazer um seguro desemprego;
- Evitar usar o crédito para pagar dívidas existentes;
- Negociar com seus credores para reduzir ou adiar as dívidas.
Se você já está endividado, existem algumas medidas que você pode tomar para sair da dívida, como:
- Fazer um orçamento e cortar gastos desnecessários;
- Negociar com seus credores para reduzir ou adiar as dívidas;
- Vender bens que não são essenciais;
- Ter um emprego extra;
- Solicitar ajuda profissional de um planejador financeiro ou de um advogado.
O endividamento pode ser uma situação difícil, mas é possível sair da dívida com planejamento, esforço e determinação.
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Qual o maior vilão das dívidas?
A maior parte das dívidas em atraso estão nos bancos, e o grande vilão é o cartão de crédito, com taxas de juros que na média chegam a 455% ao ano. Bancos e cartões concentram praticamente um terço das dívidas (31,94%). Em seguida vêm as contas básicas, como água, luz e gás (21,45%) e depois o varejo (11,31%).
É importante ressaltar que o endividamento em si não é necessariamente negativo. Ele pode impulsionar o crescimento econômico, incentivar o investimento e ajudar as pessoas a lidar com desafios financeiros temporários. No entanto, é fundamental que o endividamento seja gerenciado de forma responsável e sustentável, evitando-se excessos que possam levar a problemas financeiros no futuro.
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